Eu não estava disposta a acordar cedo e comparecer àquela cerimônia, mas algo me expulsou da cama e me fez caminhar até lá.
Chegamos ao mesmo tempo e ele estava abraçando minha mãe, mas não me cumprimentou...
Fiquei lá e cerca de 20 minutos depois ele retornou e com ele veio a lembrança do dia em que nos conhecemos, pois estávamos no mesmo local onde tudo começou, onde nossos olhares se cruzaram e esse sentimento teve início.
Ao fim da cerimônia ele me cumprimentou, me deu um abraço tão acolhedor, quente e aconchegante... E nele eu me entreguei, me deixei sentir e levar por aquele momento que eu esperava há alguns meses.
Procurei transmitir pelos meus braços e peito aquilo que estava transbordando aqui dentro: o amor, o carinho, a saudade, a vontade de tê-lo por perto novamente e eternamente. Senti que não fui a única a transmitir tais sentimentos, aqueles braços ao me envolver diziam que sentiam falta de ter-me em meio a eles novamente... E ele me apertou, e eu retribui!
Pode ser que tenha sido apenas um abraço sem maiores pretensões, um gesto de carinho pelo que vivemos. Talvez não seja nada disso, talvez de tanto acreditar que ele ainda tenha algum sentimento por mim, eles acabaram sendo incutidos naquele ato, e eu, de fato, acreditei e naquele instante voei... Voei com ele, como costumava ser.. só nós dois e o nosso mundo!
E eu quero de volta, apesar de dizer que não nasci pra ter relacionamentos, que não quero casar. Com ele tudo muda, tudo é sublime, tudo sou eu, tudo é ele e tudo somos nós... nós...
E no lugar onde nos conhecemos, onde nosso sentimento nasceu, renasceu a esperança de tê-lo novamente!
Ele com seus amplexos e ósculos e sua totalidade!
Eu o quero... Eu o amo!