terça-feira, 28 de setembro de 2010

Àqueles olhos

Nos teus olhos me perco e me acho,
Nos teus braços diminuo e cresço,
Nessa dualidade enlouqueço
E essa loucura eu disfarço.

É disfarçando que sigo
Nadando nos rios escuros que me envolvem,
Procurando um amor, um amigo
Entre tantas ilusões que se dissolvem.

Ilusões que em mim se constroem
E que no outro se projeta,
Castelos que se destroem
Enquanto a realidade me alerta.

Alerta-me! Diga-me o que há.
Liberta-te e assim me libertará
Desses rios semi negros tire os véus,
Permita-os transbordar até os céus.

Não esconda o que há dentro de ti,
Deixe essa água fluir até o mar,
Não tenha medo de me encontrar,
Não tenha medo de me sentir...

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