quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Sentidos... sentidos

Ao olhar naqueles olhos eu vi... ao olhá-los profundamente, fiquei cega e me deixei guiar por eles... E me perdi... eu senti.
Aquela boca me roubou as palavras e o paladar, então não pude expressar o que senti ao tocá-la, nem sentir o que provei após tê-la encontrado.
Aquela pele me dominou o tato, depois de sentí-la nunca mais tive tal sensibilidade. Fui indiferente a qualquer toque, a qualquer possibilidade de arrepio.
Suas palavras ainda ecoam em minha mente, meus ouvidos se fecharam para quaisquer outras que tentassem substituí-las. Me tornei surda diante das pessoas que não eram ele, meu mundo.
E o cheiro... nenhum aroma se compara àquele exalado por ele, ainda mais ao exalado por nós.
Usufrui de tudo até esgotar.
E sofri calada, tão em silêncio que não fui capaz de escutar meus próprios gritos, de sentir a dor pulsando no meu peito apertado, a tristeza nascendo em meus olhos e escorrendo pela face... Eu não vi o meu definhar! Eu não te vi me roubar!
Então pereci... e não senti!

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